Elaborada pela aluna Cláudia
Regina Silveira da UFSC – Universidade Federal
de Santa Catarina
EULÁLIA MARIA RADTKE Nasceu em Gaspar – SC em 06 de
maio de 1949 e mudou-se para Blumenau – SC ainda pequena, onde cursou até o
ginásio; trabalhava na lavoura e depois como fiandeira na indústria TEKA.
Estudou, fez cursos profissionalizantes. Trabalhou na Galeria Açú-Açú com Lindolf Bell por 10 anos. No Teatro Carlos Gomes com Carlos
Jardim. Foi assessora de imprensa na Furb. Seguindo para Curitiba onde trabalhou com Aramis
Mirlach em estúdio de gravação por longos anos. Na Gibiteca do Estado do Paraná.
Mudou-se para São José dos Pinhais PR. onde atuou em jornalismo na Tribuna de
São josé . Foi Secretária Municipal da Cultura de 1993 a 1996. É membro da
Associação Profissional de Escritores de Santa Catarina. Poeta, teatróloga,
jornalista, compositora e cenógrafa, escreve música e produz catálogos de
exposições de artes plásticas nas décadas de 1970 e 1980, em Blumenau. Nessa
época, envereda-se para a poesia; aliás, ainda adolescente já possuía seus
poemas publicados na imprensa. Desde 1972 publica em jornais e revistas
literárias de várias partes do país e até do exterior, dentre eles, Jornal de
Santa Catarina; Diários Associados; O Estado; Cogumelo Atômico; O Acadêmico;
Cordão; Geração, Curitiba; Abertura Cultural, Rio; Tribuna da Imprensa, Rio;
Destaque, Suplemento Literário do Estadão de Minas; Suplemento Literário de
Minas; Jornal de Blumenau; Revista Ollinkraft, Lages; Literaçu, Blumenau; Rua
XV; Jornal do Comércio, Recife; O popular, Brasília; UPES, Curitiba. Participa
das antologias Contos e poemas (1979); Contistas de Blumenau (Florianópolis,
Lunardelli, 1980); Contistas e cronistas catarinenses (Florianópolis,
Lunardelli, 1979); Outros catarinenses escrevem assim (Blumenau, Ed. Acadêmica,
1979); Poetas de 260 Blumenau (Fundação Casa Dr. Blumenau, SC, 1982, p.95);
Poetas de Blumenau, Contos e poemas (Florianópolis, FCC, 1983). Recebeu
diversos prêmios, dentre os quais se podem destacar: menção honrosa da Prefeitura
de Itajaí – SC (1973), ao concorrer ao Concurso de Poesia; menção honrosa no II
Festival de Inverno de Itajaí (1974); prêmio Lausimar Laus, obtendo o 1º lugar
no concurso de poesias, em (1976); prêmio Ferreira Gullar, em concurso nacional
no Paraná (1978); prêmio Delfino – Fundação Catarinense de Cultura (1979);
prêmio Quarta Noite da Poesia Paranaense – Fundação Teatro Guaíba (1983);
prêmio Mario Quintana – Alegrete, RS (1984); prêmio Shogun Editora – Rio de
Janeiro (1985); prêmio Concurso Nacional de Poesia pela Paz (conjunto de sete
poemas gravados em bronze e granito em exposição a céu aberto, em Cachoeiro do
Itapemirim, ES (1986; menção honrosa no prêmio Manuel Bandeira; Concurso
Nacional de Poesia da Academia Teresopolitana de Letras, RJ (1986). Eulália
Radtke foi considerada por Celestino Sachet (crítico da ACL) como a “grande
revelação da poesia catarinense de 1980”. Seus poemas são “curtos, concisos e
líricos”, como já definiu Lindolf Bell, sempre ligados à busca humana em si
mesmo e no próximo. A construção dos poemas é muito bem trabalhada, incluindo a
linguagem repleta de metáforas, e a estrutura é a contemporânea. Em 1980,
Eulália lança seu primeiro livro Espiral, poemas voltados para a questão
existencial, interior, uma volta ao eu, a afirmação do ser. Seu próximo livro,
O sermão das sete palavras, marca sua “maturidade existencial e poética”, nos
dizeres da crítica Nelly Novaes Coelho: [Sobre o livro] Espiral – sequência de
poemas-sínteses de uma intensa vivência existencial, voltada para o outro, como
parte essencial do eu. Poesia de alta linhagem, a de Eulália chegou à forma de
livro pelo estímulo de Lindolf Bell que, ao conhecer os originais escritos ao
longo de anos, descobriu neles a marca da poesia autêntica. [...] No livro
seguinte, O sermão das sete palavras, aprofunda-se a visão de mundo que
energiza sua poesia anterior [...] esta nova recolha poética revela
a maturidade existencial e poética atingida pela autora. (COELHO, 2002,
p.204)
Paralelo a essa atividade poética, a autora desenvolve outras atividades
culturais: em 1977, junto a Lindolf Bell, participa do Movimento da Catequese
Poética; de Murais (tapumes pintados por crianças de escolas públicas), ao lado
de Paulo Leminski e outros; em 1979, realiza, na FURB, a exposição “Fotopoemas”,
junto ao fotógrafo Ingo Penz; faz encenações e outras atividades artísticas
junto a outros escritores. ICONOGRAFIA: O Sermão das Sete Palavras
(Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura; Brasília: Thesaurus, 1986).
GÊNERO: poesia OBRA: As Travessias (Blumenau, Ed. do Autor, 1977); Espiral,
poemas (Florianópolis, Fundação Catarinense de Cultura, Edições, 1980) Lavra
Lírica, pela Editora Cultura em Movimento em 2002 Gênero poesia;Olho D’Água-
poesia juvenil em 2007 também pela Editora em Movimento de Blumenau. FORTUNA
CRÍTICA: Presença da poesia em Santa Catarina (Florianópolis, Lunardelli,
1979); A literatura de Santa Catarina (Florianópolis, Lunardelli, 1979, p.283);
Outros catarinenses escrevem assim (Blumenau, Ed. Acadêmica Blumenau, 1979,
p.156-64); A literatura catarinense (Florianópolis, Lunardelli, 1985, p.202); A
literatura em Santa Catarina (Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986, p.19); A
literatura catarinense nos anos 80: catálogo da produção literária de autores
catarinense publicada de 1980 a 1989 (Florianópolis, Secretaria de Estado da
Cultura e do Esporte; UFSC, 1990); A literatura de Santa Catarina: síntese
informativa (Florianópolis: Ed. do Autor; UFSC, 1992, p.47); A literatura de
Santa Catarina: síntese informativa (Florianópolis: Ed. do Autor; UFSC, 1992,
p.57); Dicionário crítico de escritoras brasileiras: 1711-2001 (São Paulo,
Escrituras Editora, 2002, p.203-206).
Que trajetória-jornada tens,poeta! Bravo!
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