segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Tese de Doutorado Dicionário de Escritoras Catarinenses

                                                                    

                  Elaborada pela aluna Cláudia Regina Silveira da UFSC – Universidade  Federal de Santa Catarina


                                EULÁLIA MARIA RADTKE Nasceu em Gaspar – SC em 06 de maio de 1949 e mudou-se para Blumenau – SC ainda pequena, onde cursou até o ginásio; trabalhava na lavoura e depois como fiandeira na indústria TEKA. Estudou, fez cursos profissionalizantes. Trabalhou  na Galeria Açú-Açú com Lindolf Bell por  10 anos. No Teatro Carlos Gomes com Carlos Jardim. Foi assessora de imprensa na Furb. Seguindo  para Curitiba onde trabalhou com Aramis Mirlach em estúdio de gravação por longos anos. Na Gibiteca do Estado do Paraná. Mudou-se para São José dos Pinhais PR. onde atuou em jornalismo na Tribuna de São josé . Foi Secretária Municipal da Cultura de 1993 a 1996. É membro da Associação Profissional de Escritores de Santa Catarina. Poeta, teatróloga, jornalista, compositora e cenógrafa, escreve música e produz catálogos de exposições de artes plásticas nas décadas de 1970 e 1980, em Blumenau. Nessa época, envereda-se para a poesia; aliás, ainda adolescente já possuía seus poemas publicados na imprensa. Desde 1972 publica em jornais e revistas literárias de várias partes do país e até do exterior, dentre eles, Jornal de Santa Catarina; Diários Associados; O Estado; Cogumelo Atômico; O Acadêmico; Cordão; Geração, Curitiba; Abertura Cultural, Rio; Tribuna da Imprensa, Rio; Destaque, Suplemento Literário do Estadão de Minas; Suplemento Literário de Minas; Jornal de Blumenau; Revista Ollinkraft, Lages; Literaçu, Blumenau; Rua XV; Jornal do Comércio, Recife; O popular, Brasília; UPES, Curitiba. Participa das antologias Contos e poemas (1979); Contistas de Blumenau (Florianópolis, Lunardelli, 1980); Contistas e cronistas catarinenses (Florianópolis, Lunardelli, 1979); Outros catarinenses escrevem assim (Blumenau, Ed. Acadêmica, 1979); Poetas de 260 Blumenau (Fundação Casa Dr. Blumenau, SC, 1982, p.95); Poetas de Blumenau, Contos e poemas (Florianópolis, FCC, 1983). Recebeu diversos prêmios, dentre os quais se podem destacar: menção honrosa da Prefeitura de Itajaí – SC (1973), ao concorrer ao Concurso de Poesia; menção honrosa no II Festival de Inverno de Itajaí (1974); prêmio Lausimar Laus, obtendo o 1º lugar no concurso de poesias, em (1976); prêmio Ferreira Gullar, em concurso nacional no Paraná (1978); prêmio Delfino – Fundação Catarinense de Cultura (1979); prêmio Quarta Noite da Poesia Paranaense – Fundação Teatro Guaíba (1983); prêmio Mario Quintana – Alegrete, RS (1984); prêmio Shogun Editora – Rio de Janeiro (1985); prêmio Concurso Nacional de Poesia pela Paz (conjunto de sete poemas gravados em bronze e granito em exposição a céu aberto, em Cachoeiro do Itapemirim, ES (1986; menção honrosa no prêmio Manuel Bandeira; Concurso Nacional de Poesia da Academia Teresopolitana de Letras, RJ (1986). Eulália Radtke foi considerada por Celestino Sachet (crítico da ACL) como a “grande revelação da poesia catarinense de 1980”. Seus poemas são “curtos, concisos e líricos”, como já definiu Lindolf Bell, sempre ligados à busca humana em si mesmo e no próximo. A construção dos poemas é muito bem trabalhada, incluindo a linguagem repleta de metáforas, e a estrutura é a contemporânea. Em 1980, Eulália lança seu primeiro livro Espiral, poemas voltados para a questão existencial, interior, uma volta ao eu, a afirmação do ser. Seu próximo livro, O sermão das sete palavras, marca sua “maturidade existencial e poética”, nos dizeres da crítica Nelly Novaes Coelho: [Sobre o livro] Espiral – sequência de poemas-sínteses de uma intensa vivência existencial, voltada para o outro, como parte essencial do eu. Poesia de alta linhagem, a de Eulália chegou à forma de livro pelo estímulo de Lindolf Bell que, ao conhecer os originais escritos ao longo de anos, descobriu neles a marca da poesia autêntica. [...] No livro seguinte, O sermão das sete palavras, aprofunda-se a visão de mundo que energiza sua poesia anterior [...] esta nova recolha poética revela a maturidade existencial e poética atingida pela autora. (COELHO, 2002, p.204) 

Paralelo a essa atividade poética, a autora desenvolve outras atividades culturais: em 1977, junto a Lindolf Bell, participa do Movimento da Catequese Poética; de Murais (tapumes pintados por crianças de escolas públicas), ao lado de Paulo Leminski e outros; em 1979, realiza, na FURB, a exposição “Fotopoemas”, junto ao fotógrafo Ingo Penz; faz encenações e outras atividades artísticas junto a outros escritores. ICONOGRAFIA: O Sermão das Sete Palavras (Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura; Brasília: Thesaurus, 1986). GÊNERO: poesia OBRA: As Travessias (Blumenau, Ed. do Autor, 1977); Espiral, poemas (Florianópolis, Fundação Catarinense de Cultura, Edições, 1980) Lavra Lírica, pela Editora Cultura em Movimento em 2002 Gênero poesia;Olho D’Água- poesia juvenil em 2007 também pela Editora em Movimento de Blumenau. FORTUNA CRÍTICA: Presença da poesia em Santa Catarina (Florianópolis, Lunardelli, 1979); A literatura de Santa Catarina (Florianópolis, Lunardelli, 1979, p.283); Outros catarinenses escrevem assim (Blumenau, Ed. Acadêmica Blumenau, 1979, p.156-64); A literatura catarinense (Florianópolis, Lunardelli, 1985, p.202); A literatura em Santa Catarina (Porto Alegre, Mercado Aberto, 1986, p.19); A literatura catarinense nos anos 80: catálogo da produção literária de autores catarinense publicada de 1980 a 1989 (Florianópolis, Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte; UFSC, 1990); A literatura de Santa Catarina: síntese informativa (Florianópolis: Ed. do Autor; UFSC, 1992, p.47); A literatura de Santa Catarina: síntese informativa (Florianópolis: Ed. do Autor; UFSC, 1992, p.57); Dicionário crítico de escritoras brasileiras: 1711-2001 (São Paulo, Escrituras Editora, 2002, p.203-206). 

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